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RETINOPATIA: PERIGOS DO AÇÚCAR E DA GORDURA

Que o excesso de açúcar e gordura no organismo faz mal para a sua saúde não é nenhuma novidade. Porém, a grande concentração desses elementos no organismo, muitas vezes decorrente da Diabetes Melitus, pode trazer mais prejuízos do que se imagina, inclusive para a visão. Um estudo de caso feito pela Faculdade de Medicina de Harvard, em associação com outras universidades no mundo todo, avaliou durante 14 anos o estado de saúde mais de 2.500 pacientes com DM tipo 2. A partir daí, os pesquisadores definiram que, nos 13 países em que a pesquisa se desdobrou, dentre as complicações decorrentes aos efeitos sistêmicos da DM, aqueles associados com o excesso de gorduras e açúcar eram a doença renal e a retinopatia diabética. A primeira está relacionada a níveis mais altos de triglicerídeos plasmáticos e níveis mais baixos de HDL, e a segunda com os efeitos da alga concentração de açúcar no sangue.

MAS O QUE É RETINOPATIA, AFINAL?
Basicamente podemos definir retinopatia como lesões não inflamatórias da retina ocular, que normalmente são decorrentes da deficiência de irrigação sanguínea deste tecido. Se não tratada rapidamente, a retinopatia causa danos irreversíveis para a visão.
No caso da RETINOPATIA DIABÉTICA, o acúmulo de substâncias na circulação sanguínea e alterações vasculares que favorecem o bloqueio da passagem de sangue e o surgimento de hemorragias, atrapalhando gravemente a visão. Segundo a Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo (SBRV), após 20 anos de doença, mais de 90% dos diabéticos tipo 1 e 60% com o tipo 2 apresentarão algum grau de retinopatia.

EXISTE MAIS DE UM TIPO DE RETINOPATIA?
Sim, costuma-se dividir a retinopatia diabética em duas fases: a não proliferativa, menos avançada, e proliferativa, um estágio mais sério. Na primeira, é possível que surjam pequenas dilatações, obstruções e hemorragias nos vasos sanguíneos, o que faz com que a retina deixe de receber oxigênio e nutrientes. Esse processo estimula o organismo a formar novos vasos.
Já na fase mais avançada, a proliferativa, há justamente essa neovascularização na superfície da retina, geralmente fragilizada e com maior potencial de ruptura e liberação de sangue. É nesse momento em que são maiores as chances de perda de visão, pois as manchas de sangue podem favorecer o surgimento do edema macular diabético, atrapalhar o campo visual e facilitar o descolamento de retina.
É importante lembrar que se a mácula (localizada no centro da retina) não for afetada pelas manchas de sangue, dificilmente será notado algum sintoma ou perda da visão. Entretanto, caso ocorra, o inchaço na região tem grande potencial de deixar a visão turva e evoluir para a cegueira.

E TEM TRATAMENTO?
Antes de falar do tratamento, é preciso deixar claro que a melhor forma de evitar a retinopatia diabética é controlar a glicose e manter a pressão arterial nos níveis normais. Além disso, os pacientes diabéticos devem frequentar regularmente um oftalmologista para que, se houver retinopatia, ela seja detectada no início.
Dessa maneira, o tratamento envolve, usualmente, o controle da glicemia e da pressão arterial, por meio de dieta rigorosa e prática de exercícios; se houver edema macular, injeções de medicamentos nos olhos com a finalidade de diminuir a formação de novos vasos sanguíneos; Fotocoagulação a laser, responsável por diminuir o crescimento de novos vasos sanguíneos anômalos e reduzir os derrames; e, em algumas vezes, vitrectomia, caso haja hemorragia vítrea e o excesso de sangue deva ser drenado.

Claro que a melhor escolha e a prevenção! Por isso, se você tem diabetes, é preciso cuidar de perto e visitar frequentemente um oftalmologista.

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Fonte:
Sacks FM et al., “Association between plasma triglycerides and high-density lipoprotein cholesterol and microvascular kidney disease and retinopathy in type 2 diabetes mellitus: a global case-control study in 13 countries.” Disponível em:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24352521

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